A Stock Car de 2021 tem nome e sobrenome: Gabriel Casagrande. O piloto de 26 anos não precisou vencer nenhuma das últimas duas corridas para ser campeão da modalidade pela primeira vez na carreira. A coroação veio no domingo.
As duas corridas, vencidas por Thiago Camillo e Ricardo Maurício, respectivamente, foram bastante movimentadas no Autódromo Internacional José Carlos Pace, em Interlagos, em São Paulo.
Consistente durante toda a temporada, o paranaense chegou a Interlagos para a última etapa do ano como líder do campeonato e só confirmou o favoritismo. Ele garantiu o título inédito com dois pódios como terceiro colocado.
“Eu falei que eu ia tratar a corrida como se fosse mais uma e foi isso que eu fiz. Estou muito feliz”, resumiu Casagrande, ainda emocionado, após a conquista.
Thiago Camilo, que no sábado deu adeus à possibilidade do tão sonhado primeiro título da Stock ao perder a pole, conquistou a vitória na primeira corrida, seguido de Daniel Serra, que ficou com a segunda posição.
O pódio da segunda corrida foi formado por Ricardo Maurício, no lugar mais alto, e Ricardo Zonta, no segundo lugar. Casagrande repetiu a terceira posição. Com os resultados, o piloto do carro 83 fechou a temporada com 14 pódios.
A temporada consistente do novo campeão
Correndo pela equipe A.Mattheis-Vogel, no Chevrolet Cruze #83, o paranaense obteve duas vitórias, uma pole, três melhores voltas e 14 pódios em 24 corridas, fechando o campeonato com 378 pontos.
Já o vice-campeão Daniel Serra, da Eurofarma-RC, terminou o ano com 354 pontos.
Corrida 1: emoção do início ao fim
Preocupado em evitar acidentes e se manter na pista, Gabriel Casagrande, que saiu na pole, fez uma largada conservadora.
Foi ultrapassado de cara por Thiago Camilo, que sem chances de título, arriscou e avançou por fora, saindo da terceira para a primeira posição.
Daniel Serra, único adversário do piloto da Vogel ainda vivo àquela altura, largou em segundo e se manteve atrás de Casagrande após a ultrapassagem de Thiago Camilo.
O tricampeão da Stock Car, no entanto, recuperou logo na sequência o segundo lugar. Serra ultrapassou Casagrande na parada dos boxes.
Os dois fizeram pit-stop juntos. E com uma pequena demora na troca de pneus da equipe Vogel, Daniel retomou a posição.
Por muito pouco, aliás, Daniel Serra não conseguiu a vitória da corrida. Isso porque ele acionou o botão de ultrapassagem na reta final e por só 220 milésimos não conseguiu superar Thiago Camilo na bandeirada.
Corrida 2: frieza de campeão
Com a inversão do grid, como manda o regulamento, Casagrande largou em oitavo na segunda corrida. E, mais uma vez, o piloto teve uma performance muito técnica.
Com o único adversário, Daniel Serra, embolado na largada, Casagrande permaneceu na pista com velocidade e prudência, ganhando posições naturalmente.
A segunda corrida foi também mais “movimentada” por causa de um acidente envolvendo Rubinho, Denis Navarro, Julio Baptista e Rafael Suzuki. O carro deste último, inclusive, chegou a pegar fogo na área de escape da pista.
Segurança acima de tudo
Agora você deve estar se perguntando: “quatro veículos envolvidos num acidente, um deles pegou fogo… Que esporte perigoso”! É aí que você se engana. Já falamos uma vez sobre a segurança da Stock Car por aqui.
A última morte pela categoria principal foi em 2001, há 20 anos. Isso porque, atualmente, todos os veículos contam com transparências de segurança, sendo vidros laminados especiais para pista molhada e poli carbonato de alta resistência para pista seca., fato que reforça ainda mais a segurança dos pilotos.
A responsável pela blindagem é a Protechtor , patrocinadora oficial da Stock Car.
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